. ..Onde você se esconde quando procuro por mim? Onde minha alucinação repousa quando te empresto o meu sangue cardíaco? Não corras na direção avessa a nós, pois em qualquer rastro que você escolher seguir estarei fincado a seu corpo como um parasita que sobrevive dos teus abraços. Te guardo aqui no canto secreto da esperança, te guardo de toda dúvida e ausência que ameace sua moradia em mim. Espanto os monstros da solidão e do medo com a tua lembrança estampada no meu peito, destruo qualquer ameaça de padecimento com a minha vontade de eternidade de ti, e continuo costurando sua anatomia nas minhas entranhas. Não há como fugir: somos inquilinos um do outro, um mutualismo sentimental obrigatório, um caso afetivo indissolúvel. Seremos eternos em nós...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDesconfio que esse texto tenha servido de inspiração para as composições de Johnny Hooker.
ResponderExcluirNão há mesmo como fugir, tampouco apagar lembranças, mas as coisas vão se ajeitando com um tempo, a gente vai tendo outras experiências, nos tornamos eternos na vida de outras pessoas. E a vida segue seu curso como um rio, estamos sempre nos reinventando.