Me perguntaram um dia se eu era feliz. Respondi: "Não sei". Me perguntaram outro dia se eu sabia o que era ser feliz, eu respondi: "Não sei". Mais outro dia, depois desses dois, me perguntaram se eu já fui feliz, respondi: "Não sei". Seguiu-se mais um dia, e me perguntaram, delicadamente, se eu pensava em ser feliz, respondi: "Não sei". Quando eu achava que já estava livre de tantas indagações (in)felizes surge outro dia, outra pergunta, outra repetição de palavras nesse texto. Então, finalmente me perguntaram se eu tentava ser feliz. Essa eu fiz questão de ficar calado.
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