Dispenso definições. Escolho pela metamorfose de escrever livre, longe de qualquer vulto de encaixe. Se me perguntarem sobre o que é isso, hesito em responder. Apenas sinto...

segunda-feira

A Hora do Pesadelo (1984)



Não importa o gênero, mas os clássicos têm um motivo para tal. E isso não é diferente com A Hora do Pesadelo, de 1984. Revendo a obra mais de 20 anos depois de sua produção, o filme carrega a mistura dos clichês juvenis de terror com o experimentalismo do roteiro inusitado para época. Consagrou também um dos personagens mais emblemáticos e assustadores (para alguns) da historia do cinema, Freddy Krueger, que ainda hoje é alimentado por remakes fajutos. E para a surpresa minha e talvez de muitos, foi o filme em que o excêntrico ator Johnny Depp estrelou na tela grande, artista que continua hoje povoando produções sinistras no cinema. A Hora do Pesadelo é dirigida por Wes Craven, diretor consagrado do gênero e que também produziu o imbatível “Pânico” e suas três sequencias "mais do mesmo". No filme  algumas fórmulas batidas do terror/suspense: um grupo de adolescentes assustados, um segredo por trás do assassino, sustos quando você menos imagina e uma trilha sonora que provoca frisson. Sem afetar tanto, a trilha é verdadeiramente fantástica para agitar a poltrona, cumpre o papel de realçar medos e palpitações.
Quem diria: Johnny Depp estreia
 no cinema em A Hora do Pesadelo
O enredo é simples: quatro jovens que, quando caem no sono, são atacados por Freddy Krueger (Robert Englund) dentro dos pesadelos, mas na verdade quando percebem o aconteceu tudo parece ser real. Daí por diante, se desenrolam uma série de fantasias escabrosas e perseguições sanguinolentas que se interpenetram na dimensão do concreto e no submundo do pesadelo. Existe por trás da história uma motivação que impulsiona Freddy a esse martírio, porém nesse ponto a trama se mostra superficial na abordagem analítica do vilão, assunto mais tarde tratado em outras continuações do filme. Inegavelmente, A Hora do Pesadelo carimbou sua marca em 1984 e permanece nos anos 2000 como um ícone do trash/terror/suspense que tem lugar garantido para os fãs do gênero. É raro hoje quem não conheça esse camarada com dedos de tesoura, blusa listrada e cara queimada que vive à espera de uma cochiladinha para...tzzzzzz... cortar você em pedaços. E Cuidado quando ouvir a música: “Um, dois, Freddy vem te pegar / Três, quatro, é melhor a porta do quarto trancar! / Cinco, seis, agarre o seu crucifixo! / Sete, oito, é melhor ficar acordado até tarde! / Nove, dez, não durma nunca mais".
Por trás da máscara: Robert Englund interpretou
 o vilão dos pesadelos

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